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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

PRESSÃO ARTERIAL X ALIMENTAÇÃO


Reduzindo sua pressão arterial com a alimentação






Os alimentos que você come podem afetar a composição química de seu sangue e a pressão arterial de maneira significativa. Felizmente, uma dieta boa para seu coração não tem de ser uma agonia para seu paladar. Aqui vão algumas sugestões para fazer as escolhas de alimentos certas para a pressão alta:

Siga o DASH: pesquisa apoiada pelo NHLBI levou ao desenvolvimento de um plano de alimentação que pode prevenir e ajudar a tratar a pressão alta.


Diminua o sal: a pesquisa usando a dieta DASH e diferentes níveis de sódio nutricional confirmou o que tem sido aconselhado há anos: reduzir o sódio e o sal ingeridos pode ajudar a diminuir a pressão arterial. Algumas pessoas são especialmente sensíveis a sal e sódio e devem tomar um cuidado maior com as quantidades consumidas.

Ser sensível ao sal (ou sódio) significa que você tem uma tendência a reter líquidos quando ingere sal demais, provavelmente por causa de um defeito na capacidade que seus rins têm de se livrar do sódio. Seu corpo tenta diluir o sódio no sangue conservando líquidos. Isso força os vasos sangüíneos a trabalharem de maneira mais forte para fazer circular o volume adicional de sangue.

O plano DASH para uma saúde melhor

Praticar o Método de Interrupção da Hipertensão pela Alimentação (DASH) pode ajudar a prevenir ou reduzir a pressão alta. Para seguir esse plano de alimentação:

· Escolha alimentos que possuam pouca gordura saturada, colesterol e gordura total. Por exemplo, carne magra, aves e peixe.

· Coma muitas frutas e vegetais, aproximadamente de oito a dez porções por dia.

· Inclua duas ou três porções de laticínios desnatados ou semidesnatados por dia.

· Prefira os alimentos integrais, como pão, cereais e massas integrais ou de trigo integral.

· Coma nozes, sementes e feijões secos, de quatro a cinco porções por semana (uma porção é igual a 1/3 de xícara ou 42 gramas de nozes, 2 colheres de sopa ou 14 gramas de sementes, ou 1⁄2 de feijões ou ervilhas cozidas e secas).

· Pegue leve nas gorduras adicionadas. Escolha margarina leve, maionese light, molho de salada light e óleos vegetais insaturados (como azeite, milho, canola ou açafrão).

Diminua os doces e bebidas com açúcar.

As terminações nervosas nos vasos ficam superestimuladas e começam a mandar comandos para que eles se contraiam. E isso dificulta ainda mais o bombeamento do sangue pelo coração, eventualmente fazendo com que a pressão arterial se eleve. Algumas pessoas são menos sensíveis aos efeitos do excesso de sal. É recomendavel consumir um máximo de 2,4 gramas (2.300 miligramas) de sódio por dia. Isso é igual a 6 gramas (cerca de uma colher de chá) de sal de cozinha por dia. Dependendo do quão alta é sua pressão, o médico pode recomendar ainda menos.

Lembre-se: os
6 gramas incluem todo o sal e sódio consumidos, incluindo o que é usado no preparo dos alimentos, o sal à mesa e o adicionado em alimentos preparados e processados.

Até 75% do sal em nossa alimentação vem de alimentos processados. Somente 10% do sal que comemos está lá naturalmente, e cerca de 15% é adicionado durante o preparo e colocado à mesa. Mas já que o gosto pelo sal é aprendido, é possivel reeducar seu paladar para consumir menos sal.


Antes de tentar substituir o sal, fale com seu médico ou nutricionista. Muitos deles contêm cloreto de potássio, e o excesso de potássio pode ser perigoso, especialmente quando combinado com certos medicamentos.

Acumule potássio: algumas pessoas que têm hipertensão tomam diuréticos tiazídicos que causam a perda de potássio, e por isso recebem recomendações de que devem comer uma banana por dia para o repor. Mas os pesquisadores agora acham que potássio extra pode ser uma boa idéia para todo mundo. Como se já não fosse ruim comermos tanto sódio, nós ainda comemos muito pouco potássio. É o equilíbrio entre o sódio e o potássio que os pesquisadores acreditam ser importante para a pressão arterial.

Mas não vá comprar suplementos de potássio ainda. Isso pode ser perigoso. Potássio demais e de menos pode dar início a um ataque cardíaco. Por questão de segurança, fique com os alimentos ricos
em potássio. Esses alimentos incluem bananas, laranjas, batatas, tomates e leite.

Nota: se você foi diagnosticado com pressão alta e está tomando um diurético que elimina potássio (pergunte a seu médico ou farmacêutico se não tiver certeza), ou se tiver doença nos rins, pergunte a seu médico se precisa de potássio extra antes de iniciar o tratamento.

Armazene cálcio: seu coração precisa de cálcio para manter o ritmo correto e seus rins precisam de cálcio para regular o equilíbrio sódio/água de seu corpo. Pesquisas mostraram, no entanto, que pessoas com pressão alta geralmente não ingerem cálcio suficiente nos alimentos. Outros estudos confirmam que conseguir uma dose extra de cálcio pode até reduzir a pressão arterial. Mas esse efeito nem sempre é visto com suplementos de cálcio. Em vez deles, coloque aposte em alimentos ricos em cálcio.

Alho
também é bom: vários pesquisadores apontaram a capacidade do alho de reduzir a pressão do sangue. Além disso, também é um ótimo substituto para o sabor do sal (lembre-se de que estamos cortando o sal).

O mundo é das frutas e vegetais:
os vegetarianos têm uma incidência muito menor de pressão alta. E você também pode se beneficiar dessa abordagem sem se tornar vegetariano. Aumente suas porções diárias gradativamente, encaixando uma ou duas porções extras em cada refeição. Provavelmente, você vai estar comendo menos gordura e sal, e mais fibras e potássio (além do fato de que pode perder peso). Esses benefícios vão ajudar a reduzir sua pressão arterial.

Não precisa cortar o café:
a cafeína não parece estar associada com a hipertensão. Embora ela possa aumentar sua pressão temporariamente, seu corpo se adapta ao nível de cafeína se você costuma beber uma certa quantidade de café, chá ou bebidas à base de cola todos os dias, e sua pressão arterial não é mais afetada por essa quantidade.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

COLESTEROL

Existem pessoas que acham que o colesterol é algo totalmente negativo em suas vidas. Porém, ele é algo fundamental para o nosso organismo, pois o colesterol é um composto que “calibra” naturalmente as células beneficiando as trocas entre elas e ainda ajuda na produção da bílis e dos hormônios sexuais.

Mas o problema do colesterol surge por causa das altas taxas de LDL, a proteína que ajuda a transportar ele no nosso organismo. E quando esta proteína não consegue levar todo o colesterol, este deixa resíduos, que com o tempo formam placas de gorduras prejudiciais ao organismo. Apenas o HDL, outra proteína importante para o nosso organismo, é que consegue remover o excesso de colesterol no sangue, evitando o entupimento das artérias. O ideal é que os números de LDL estejam baixos e os de HDL altos, afirma a cardiologista da Unifesp Maria Tereza Manzoli. Estes números são medidos de acordo com os valores máximos e mínimos do sangue, o estilo de vida que a pessoa leva (sedentária ou não), e seu peso.

Todos que possuem colesterol alto necessitam ter uma boa alimentação, principalmente uma dieta rica em gordura monoinsaturada, frutas, verduras, legumes, fibras e grãos integrais. Mesmo não tento uma receita milagrosa para isto, o consumo de alimentos específicos, juntamente com hábitos saudáveis, beneficiam a redução do colesterol “ruim” (LDL) e o aumento do “bom” colesterol (HDL).

Prefira pizzas de vegetais.. Foto:Divulgação

Prefira pizzas de vegetais.. Foto:Divulgação

No café-da-manhã, quase ninguém resiste a um pão francês quentinho, não é? Porém, trocar este pão pela versão integral pode beneficiar a diminuir o seu colesterol. A massa do pão integral traz uma grande dose de fibras, substâncias importantes pois provocam a proliferação das bactérias no intestino, favorecendo o bom funcionamento do mesmo. Algumas dessas bactérias, se bem nutridas, fabricam uma substância chamada propionato, que auxilia nos níveis de gorduras na circulação. E que tal trocar o leite integral pelo desnatado? O leite desnatado vai garantir mais cálcio, e menos gordura ao nosso organismo, pois o integral possui mais ácidos graxos saturados, que, em excesso, aumentam os níveis de LDL.


Na preparação dos alimentos é possível mudar o óleo de soja pelo o azeite de oliva, pois este tem doses boas de ácidos graxos monoinsaturados, que não aumentam as taxas de LDL e ainda ajuda a aumentar consideravelmente os níveis de HDL. Ainda, segundo Jorge Mancini, diretor da Faculdade de Ciência Farmacêutica da Universidade de São Paulo, o azeite possui os compostos fenólicos que evitam a oxidação do colesterol, um fato que propicia a formação das placas de gordura.


Quando você receber alguns amigos em casa, procure trocar os salgadinhos e biscoitos, que possuem gorduras trans em sua receita, por petiscos como castanhas e nozes. Pois eles possuem as gorduras monoinsaturadas, que ajudam a combater o LDL e aumentam os níveis de HDL. Já em uma pizzaria, porque não trocar a pizza de mussarela por uma de vegetais? Pois as camadas de queijos têm gordura saturada, que é um agente que aumenta o LDL.
E no momento da sede, prefira o suco de uva (com casca) natural, pois é nele que o coração encontra um parceiro, o resveratrol. Essa substância ajuda na redução do colesterol e ainda tem função oxidante. O resveratrol não é exclusivo do vinho, pois o suco de uva natural também o disponibiliza para o organismo.

Azeite de oliva combate o LDL. . Foto:Divulgação

Azeite de oliva combate o LDL. . Foto:Divulgação

Além de trocar os hábitos alimentares, você pode se beneficiar de alguns alimentos para combater o colesterol alto. Como já falamos, as castanhas e as nozes são ótimas contra o colesterol alto, mas além destas duas podemos incluir as avelãs, amêndoas e o pistache. Segundo pesquisas da Universidade Park, do Estado do Texas, EUA, esses alimentos, se consumidos cinco vezes por semana, reduzem o risco de males cardíacos entre 25% e 39%, pelo fato de conterem gorduras insaturadas. O alho e a cebola também são importantes para o combate do colesterol alto, pois o alho possui compostos sulfurados, que reduzem a pressão arterial e as taxas de LDL e também impedem que o colesterol grude nas paredes das artérias. Já a cebola diminui a obstrução dos vasos sanguíneos e a formação de placas de gorduras.


Maçã auxilia na redução do colesterol ruim.. Foto:Divulgação

Maçã auxilia na redução do colesterol ruim.. Foto:Divulgação

As frutas cítricas como laranja, morango, goiaba e kiwi possuem a vitamina “C”, fundamental para o coração. Essa vitamina reforça as paredes das artérias e combate a formação das placas de gorduras. Além destas frutas, o abacate também beneficia o combate ao colesterol alto, pois é rico em gordura monoinsaturada, que auxilia nas taxas do HDL, o colesterol “bom”.

Consumir chocolate preto, assim como a cebola diminui a obstrução dos vasos sanguíneos. Este tipo de chocolate possui os flavonóides, substâncias capazes de reduzir o colesterol “ruim” (LDL). Pesquisas feitas na Universidade da Pensilvânia (EUA) averiguaram que ao consumir 38 gramas de cacau em pó ou chocolate amargo todos os dias podem reduzir as taxas de LDL em 4% e elevar os níveis de HDL em 4%. O chocolate deve ser consumido sem exagero, apenas em pequenas porções.

A aveia, o feijão, maçã, cenoura, goiaba e os cereais, são fibras solúveis que auxiliam na remoção do colesterol ruim do corpo. Além das fibras, o tomate, é capaz de livrar as artérias do LDL ( colesterol ruim), pois ele cheio de licopeno (encontrada também na melancia e goiaba) pigmento vermelho que tem propriedades antioxidantes.

A alimentação ainda é o melhor caminho para combater o colesterol alto. Mas, praticar exercícios físicos também é importante, pois ajuda na prevenção de doenças cardíacas e diminuem os riscos de surgimento do colesterol alto.